Meta foi anunciada pelo GDF durante anúncio do programa 'Vai de Bike'. Também serão instaladas 300 bikes elétricas, compartilhadas
O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou, na última sexta-feira (20), o lançamento do programa "Vai de Bike". O projeto prevê que a capital federal atinja, até 2026, a marca de 1.000 quilômetros de ciclovias, tornando o DF a unidade da Federação detentora da maior malha cicloviária do país.
Atualmente, as ciclovias no DF têm uma extensão de 687,12 km, distribuída em 30 regiões administrativas. De acordo com os últimos dados divulgados, a cidade de São Paulo lidera o ranking nacional, com atuais 731 km.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) - ao lado da vice-governadora Celina Leão (PP) e de vários secretários - fez a promessa de investir quase R$ 123 milhões na construção de 325 km de novos trechos e na manutenção das vias que necessitam de reforma. O anúncio aconteceu quando ele fez a entrega da reforma do Pistão Sul, de Taguatinga. Nele, foi feita uma ciclovia de aproximadamente 5,2 km.
"Em breve, o DF terá a maior malha cicloviária do país. É mais segurança para os ciclistas, saúde para quem usa a bicicleta tanto para esporte quanto lazer, e ainda contribui com o meio ambiente. O Vai de Bike é um programa que consegue impactar positivamente em diversas áreas e levar cada vez mais qualidade de vida para a nossa cidade", afirma à Agência Brasilia a vice-governadora Celina Leão.
Reparos da malha atual, além da construção de nova
O "Vai de Bike" é um esforço conjunto de vários órgãos do GDF, com a supervisão da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) e a coordenação da Secretaria de Obras (SO).
"Esse programa foi idealizado pela Semob e vai ser implementado pela nossa secretaria. É uma infraestrutura necessária para que a gente dê um pouco mais de segurança para quem usa as bicicletas, criando ciclovias em todo o DF. Temos várias obras já em andamento para ampliação dessa malha cicloviária e já estamos fazendo algumas interligações", detalhou o secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Valter Casimiro.
Na semana passada, em conversa com "Brasilianas", o secretário de Obras disse que já encomendou à Novacap que sejam contratadas equipes para fazer o reparo das ciclovias já existentes. "A junta de dilatação de algumas acabam se rompendo, raízes de árvores crescem e acabam quebrando a pista. Ao mesmo tempo que vamos construir novas, vamos recuperar as atuais", afirmou Casimiro.
Isso porque o próprio gestor constata os problemas in loco, pois atualmente ele se classifica como "ciclista de fim de semana". Morador no Lago Norte, ele costuma pedalar pelo Eixão Norte e arredores aos domingos, junto com a mulher. "Um dos trechos que mais acho bonitos é o da ciclovia que passa pelas 400 da Asa Norte. Pela quantidade de árvores, parece que estamos num bosque, em outro lugar, não numa cidade. Minha mulher também adora, sobretudo no período das mangas", disse o secretário.
Outra novidade é a criação de um sistema de compartilhamento de bicicletas elétricas, com a disponibilização de 300 bikes elétricas, distribuídas em pontos estratégicos. O objetivo é facilitar a locomoção de quem deseja trocar o carro ou transporte público por uma opção mais sustentável e econômica.
"Nosso objetivo é tornar a ciclovia um instrumento de conexão entre as cidades e outros meios de transporte. Teremos a instalação de paraciclos, ampliação das bicicletas compartilhadas, instalação de pontos para bicicletas elétricas também, ou seja, um programa bem abrangente. Isso mostra, mais uma vez, que o GDF não pensa só nos carros, mas tem, também, um olhar cuidadoso para aqueles que se transportam por outros meios, inclusive as bikes", explicou o titular da Semob.
Serão 3 as fases do programa
O Vai de Bike está estruturado em três fases de planejamento. A primeira fase engloba as obras que estão sendo executadas pelo DER e os projetos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF (Seduh), cujas obras serão executadas pela Secretaria de Obras.
As obras do DER somam 55,1 km de ciclovias, com os trechos do Pistão Sul (8,8 km), da Hélio Prates (6 km), da ESPM (3,6 km) e da Epig (3,6), ligação Guará/Bandeirante (1,8 km), DF-140 (14 km), DF-220 no Lago Oeste (15,5 km) e ligação Esaf/Ponte JK (1,8 km).
Os projetos da Seduh e da Secretaria de Obras são trechos de conexão de ciclovias, que somam 7,3 km, com investimentos de R$ 2,9 milhões. Os trechos projetados ficam próximo ao UniCeub (0,5 km), na ligação Taguatinga/Samambaia (1,3 km), ligação W3 Sul/Norte (2,2 km), ciclovia S3 L1 Sul (1,3 km), ligação UnB/L2/L3 Norte (1,8 km) e na W5, próximo ao Colégio Militar (0,2 km).
Os investimentos da segunda fase são de R$ 82,4 milhões, com 25 projetos da Semob e do DER que somam 153,2 km. Estão previstas obras em trechos da Epia Sul e Norte, além das regiões administrativas de Samambaia, Taguatinga, Ceilândia, Plano Piloto, Sudoeste, Octogonal, Planaltina, Sobradinho, Guará, SIA, Varjão, Lago Sul, Lago Norte, Brazlândia e São Sebastião.
A terceira fase do programa prevê projetos que somam 109,8 km de ciclovias com investimentos de R$ 37,4 milhões. As obras serão executadas em vias urbanas e rodovias nas regiões administrativas de Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires, Riacho Fundo II, Setor Militar Urbano, Lago Sul e SCIA, além de trechos da EPNB e Epia.