A Câmara Municipal do Rio de Janeiro há décadas não apresenta qualidade e relevância. Hoje seriam não mais do que meia dúzia com nível compatível com a importância histórica e mesmo atual da cidade.
Cabe lembrar que, nos anos 1950, até a mudança da capital, foram vereadores personalidades como Carlos Lacerda, Ary Barroso, Sandra Cavalcanti, Lygia Lessa Bastos, Hugo Ramos, Paschoal Carlos Magno, Cotrim Neto. Teve uma legislatura que a maior bancada era a do Partido Comunista, na primeira eleição pós-Estado Novo. Mas de muita qualidade.
Seria elogiável que os partidos e seus candidatos a prefeito indicassem e apoiassem alguns nomes de pessoas relevantes fora da política. Um projeto que garantiria boa votação nos bairros de classe média. A cidade tem devotados cidadãos entre empresários, intelectuais, pessoas que podem contribuir para projetos sem fins eleitoreiros, mas de interesse público.
A cidade tem passado sustos para não ver o Legislativo barrar iniciativas relevantes. Nesta Legislatura, o prefeito Eduardo Paes, mais de uma vez, teve de atuar para evitar ações prejudiciais à cidade, sempre contra o progresso.
O prefeito já foi vereador, num sopro de renovação quando da gestão César Maia, e poderia escolher duas ou três pessoas capacitadas para viabilizar a eleição. Empresários, intelectuais, médicos, cidadãos com espírito público que seriam convocados.
O mais recente absurdo foi a aprovação de lei que permite alteração de denominações de ruas e escolas que não sejam do agrado das esquerdas.
Formar bons quadros nos legislativos deve ser preocupação das forças vivas da sociedade.