Por: Aristóteles Drummond

Bom uso da Baía da Guanabara

Catamarã, que foi testado por vários governos, pode levar até 150 pessoas sentadas. | Foto: MarcosRodrigues/ASN

Um bom subproduto do saneamento da Baía da Guanabara certamente seria aumentar o transporte de passageiros beneficiando áreas que vivem hoje do transporte rodoviário, com grande desconforto, perda de tempo e poluição ambiental.

Não se entende que até hoje não tenha avançado a ideia de levar grandes embarcações, como as que fazem a ligação entre Rio e Niterói, a São Gonçalo - que fica a pequena distância de Paquetá- e o fundo da baía, região de Caxias e Mauá. Vale lembrar que a estrada de ferro que ligava o Rio a Petrópolis, obra do Barão de Mauá e de uso do Imperador no século XIX, começava na raiz da serra. E o Imperador e demais usuários iam de barco até Mauá.

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Catamarã, que foi testado por vários governos, pode levar até 150 pessoas sentadas. | Foto: MarcosRodrigues/ASN

Estimativas de que seriam mais de 400 mil passageiros por dia que deixariam a Ponte Costa e Silva e a Rodovia Washington Luís, com barcas para Caxias - Campos Elíseos - e Mauá. Ganho para todos. Aliás, quando prefeito de Caxias, Alexandre Cardoso tentou fazer isso, com três estações no município.

Os benefícios de um bom aproveitamento da baía passam também pela remoção das embarcações abandonadas e melhoria dos rios que ali deságuam. Uma ideia que poderia ter sido incluída no novo PAC, pois muita coisa é da esfera federal. A Washington Luís já está muito congestionada nos primeiros 12 quilômetros, o que penaliza a população que usa ônibus ou vans para transporte diário.

Infelizmente, a ligação ferroviária com a Baixada Fluminense naquela linha não tem melhorado de capacidade e de qualidade e merecia investimentos.

A Baixada pede um projeto que atenda efetivamente o dia a dia de sua já sofrida população.

 

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