Por: Aristóteles Drummond

O novo Vale do Paraíba

Fazenda São Luiz da Boa Sorte: Vale do Café | Foto: Divulgação

A história se repete e bem. O Vale do Paraíba fluminense foi relevante no Império na produção do café e na formação de uma elite intelectual de grande valor. No século passado, teve relevância pela indústria a partir de Volta Redonda, primeiro, depois pelo polo automotivo de Resende-Porto Real e da notável Academia das Agulhas Negras e inúmeras faculdades de qualidade.

Agora, neste século XXI, a região procura retornar ao café, com qualidade, no turismo rural com uma rede impecável de fazendas-pousadas, na valorização de sua história a partir de Vassouras.

A cidade, centro da região dos barões do café, agraciada pelas doações de uma das mulheres mais exemplares da nossa história, Eufrásia Teixeira Leite, de financista e herdeira a maior filantropa de seu tempo, renasce apoiada numa elite local de qualidade, em que é destaque Wanderson Farias e personalidades que a vivem, como Ronaldo Cezar Coelho, mecenas na recuperação de seu patrimônio histórico, o casal Liliana e Nestor Rocha, com a histórica Fazenda São Luiz transformada em centro de grandes eventos, com hospedagem, a presença de Alberto Orléans e Bragança, filho de morador ilustre, D Pedro Henrique de Orléans e Bragança, e hoje dono da histórica Santa Maria, tendo no instituto Preservale, o ponto de apoio. A iniciativa, nos anos 1980, foi do casal Clair e Delio Mattos, com apoio em sua filha Sonia, e ganhou musculatura nos últimos anos. Os eventos se repetem com sucesso, despertando as atenções do governo estadual e do setor privado.

O Vale do Paraíba hoje vai desde Petrópolis-Três Rios até Resende. E Volta Redonda acompanha este ressurgir, apesar da injustificável indiferença de sua referência maior, a CSN, distante da comunidade. A região conta com hospital central, obra de governador Pezão, da região - Piraí -, rede universitária expressiva, aeroporto, cortada pela Via Dutra e a Rodovia Lúcio Meira, que faz a ligação de São Paulo com Minas e o Nordeste.

Com o mínimo de atenção do governo federal em projetos, o Brasil teria mais benefícios desta nova área de progresso, com qualidade de vida de seus cidadãos.

 

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