A Expo Favela, maior feira de empreendedorismo que conecta favela e asfalto, vai acontecer entre os dias 17 e 19 de março do próximo ano no World Trade Center, em São Paulo. A novidade para o próximo ano é que, além do evento na capital, terá uma versão nacional, que vai ocorrer no Distrito Federal e em todas as capitais do país.
No final do ano, São Paulo terá novamente a versão nacional da feira, no Expo Center Norte. As datas e os locais nas outras cidades serão divulgados em breve.
Essa será a segunda edição do evento -a primeira foi em abril deste ano e reuniu 30 mil pessoas. A feira trouxe personalidades dos mais diferentes segmentos profissionais e a expectativa é repetir o sucesso e fortalecer o empreendedorismo dos moradores de comunidades.
Em sua primeira edição, o evento, que conta com a organização da Favela Holding e parceria social da Central Única das Favelas (Cufa), teve mais de 20 mil inscrições de expositores. O objetivo é que este número aumente no próximo ano.
"Já na primeira edição, a Expo Favela se consolidou como um grande acontecimento no calendário do empreendedorismo e do empresariado brasileiros. Portanto, com todo mundo sabendo do que se trata, temos tudo para promover conexões ainda mais fortes entre favela e asfalto", explicou Celso Athayde, fundador da Cufa, CEO da Favela Holding e idealizador da Expo Favela.
Athayde diz que um dos avanços da nova edição é que foi possível conseguir patrocinadores que entenderam que essa é uma iniciativa de inclusão. "As marcas entenderam que, em 2023, não vamos trabalhar com a ideia de conflito, e sim de harmonia comercial entre elas. Uma vez que o grande objetivo é o desenvolvimento das favelas, a partir do desenvolvimento dos seus empreendedores."
Outro grande sucesso que poderá se repetir regionalmente foi o reality show, "Expo Favela -O Desafio", quando os empreendedores, que estiveram na feira, participaram de uma competição na tela da TV Globo. Uma delas foi a moradora de Guaianases, Silvana Bento, que criou uma calcinha para ajudar mulheres trans a disfarçarem pênis e testículos. Athayde comenta que a visibilidade que a Globo deu para esses empresários da favela foi, e está sendo, histórico.