"Olhem a Lua", recomendaram internautas nas redes sociais entre a noite deste domingo (15) e a madrugada desta segunda-feira (16), em um alerta para o eclipse total da Lua que deixou muita gente acordada até mais tarde para observar o evento astronômico.
Esse tipo de eclipse acontece de duas a três vezes por ano, mas nem sempre é plenamente visível em todos os cantos do mundo. Dessa vez, a América do Sul pode acompanhar o evento do início ao fim.
A Lua de sangue, como esse fenômeno é popularmente conhecido, pode ser apreciada não só na América do Sul, mas também na América Central e parte da América do Norte, bem como em algumas áreas da Europa e África.
O satélite com tons avermelhados é o resultado do momento em que a Lua cruza a sombra da Terra, iluminada pelo Sol. Quando Sol, Terra e Lua se alinham, exatamente nessa ordem, nosso satélite natural passa por trás da sombra terrestre. É esse o eclipse lunar, que pode ser parcial, se a sombra ocupa somente um pedaço da Lua, ou total, caso a superfície lunar chegue a se esconder inteiramente sob a sombra.
Para Mariano Rivas, chefe de Divulgação Científica do Planetário de Buenos Aires, o eclipse é "um dos fenômenos mais simples e impressionantes da natureza", já que a Lua, ao entrar na sombra causada pela Terra, faz com que o satélite "assuma uma cor vermelho-alaranjada pálida por uma hora e meia.
Em São Paulo, o Planetário Ibirapuera, no parque de mesmo nome, promoveu uma virada noturna para observação do fenômeno. Na internet, canais como o mantido pelo Observatório Nacional, realizaram transmissões ao vivo e foram acompanhados por milhares de pessoas.
Em Campinas, o Observatório Municipal de Jean Nicolini disponibilizou telescópios para assistir o fenômeno.
O Planetário do Rio, chamado de Planeta.RIO, na Gávea, também permitiu o uso de seus telescópios, gratuitamente, para observação do fenômeno.
O Clube de Astronomia de Brasília se concentrou na praça dos Três Poderes, ao lado do Espaço Lúcio Costa, para observar o eclipse.