O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu, nesta quinta-feira (25), determinar o desbloqueio das redes sociais da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar está presa na Itália, onde aguarda o fim do processo de extradição solicitado pelo Brasil.

Ao determinar o desbloqueio, Moraes entendeu que a medida não é mais necessária porque o processo criminal contra a parlamentar já foi encerrado.

Moraes também fixou multa diária de R$ 20 mil em caso de reiteração na publicação de postagens com desinformação, discurso de ódio e contra a democracia.

A liberação vale para as redes sociais da Meta, Telegram, X, Linkedin, Tik Tok, Getter e YouTube.

Em juho, Zambelli foi presa na Itália, onde tentava escapar da prisão, a pedido do STF. Segundo investigações, ela foi a autora intelectual da invasão para emissão de um falso mandato de prisão contra Alexandre de Moraes. A execução do sistema foi hackeado por Walter Delgatti Neto.

Após a fuga para a Itália, o governo brasileiro solicitou a extradição da deputada para o Brasil. O pedido de extradição foi oficializado em 11 de junho pelo STF. Em seguida, o pedido foi enviado pelo Itamaraty ao governo italiano. Na Câmara, Zambelli é alvo de cassação de mandato.

Um levantamento da Pesquisa Pulso Brasil/Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Politicas e Econômicas), apontou que 70% da população desaprova a atuação da Câmara dos Deputados. A pesquisa, em comparação à última edição divulgada em julho (63% de desaprovação), representa uma queda de sete pontos percentuais (p.p.) na aprovação da Câmara.

"Ao motim no plenário em agosto somou-se a PEC das Prerrogativas, produzindo um desgaste significativo na imagem da Câmara", avaliou o o presidente do IPESPE, cientista político e sociólogo Antônio Lavareda, ao citar as possíveis motivações do aumento da desaprovação.

A pesquisa ouviu 2.500 pessoas com 16 anos ou mais, de todas as regiões do país. As respostas foram coletadas entre os dias 19 e 22 de setembro. Os entrevistados foram ouvidos por telefone, com aplicação de entrevistas por equipes de pesquisadores; e método online.

Do outro lado do Congresso Nacional, a imagem dos entrevistados sobre o Senado Federal oscilou positivamente, ainda que discretamente. Apesar do nível de desaprovação (59%) continua superior ao nível de aprovação (26%), a avaliação cresceu 1 p.p. e caiu 2 pontos.

Já a avaliação da gestão Lula 3 foi a que teve um melhor resultado. O levantamento apontou que 50% dos entrevistados aprovam o governo federal e 48% desaprovam. Em comparação à última pesquisa em julho (43%), a aprovação representa um aumento de 7 pontos.

E o Supremo Tribunal Federal também teve um aumento de aprovação. A grande exposição do Tribunal no julgamento da 'trama golpista' levou ao aumento de três pontos na aprovação (de 43% para 46%) e subtraiu cinco pontos na desaprovação (de 49% para 44%).