Por: Bianca Lobianco

'A impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação tão almejada pela sociedade', diz Moraes

Ministro Alexandre de Moraes afirma que apaziguamento é incentivo para que novas tentativas de golpe de Estado aconteça | Foto: Rosinei Coutinho/STFF

O ministro Alexandre de Moraes, relator do julgamento, abriu seu discurso afirmando que "a impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação (tão almejada pela sociedade). Pois o caminho aparentemente mais fácil deixa cicatrizes traumáticas à sociedade e corrói a democracia, como lamentavelmente o passado recente no Brasil demonstra", se referindo ao período da ditadura entre os anos de 1964 a 1985.

Moraes também acrescentou que a pacificação do país depende do respeito à constituição, da aplicação das leis e do fortalecimento às instituições. E enfatizou que 'não havendo possibilidade de se confundir a saudável e necessária pacificação com a covardia do apaziguamento, o que significa impunidade e desrespeito a constituição federal, e mais, significa o incentivo a novas tentativas de golpe de Estado'. Deixando bem claro que os crimes imputados aos réus serão julgados de forma imparcial, mas não ficarão impunes caso sejam confirmados. 

Alexandre de Moraes também comentou sobre a segurança das urnas eletrônicas, não havendo nenhum tipo de possibilidade de fraude. Como tentou de todo modo o núcleo crucial do julgamento a disseminar informações falsas, as famosas fake news, sobre o método de votação da eleição. Ele citou também sobre o tema da possibilidade de que o Congresso sugeriu a votação da pauta do voto impresso auditável, que foi aderido por Alexandre Ramagem, diretor da Abin na época, que alinhou-se a ideia bolsonarista e também passou a defender a pauta.