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Alerta sobre peixe-leão no Ceará

O consumo do peixe-leão poderá ser incentivado em municípios do Ceará por meio da iniciativa "Equilíbrio dos Mares", desenvolvida pelo Instituto Nacional de Gestão, Educação, Tecnologia e Inovação (Ingeti) em parceria com o Instituto Federal de Educação do Ceará (IFCE). O projeto será lançado na próxima sexta-feira (13), em Fortaleza. No entanto, pesquisadores alertam sobre a presença de metais pesados, como chumbo e mercúrio, na espécie, destacando os possíveis riscos à saúde humana com sua ingestão.O peixe-leão é uma espécie invasora e venenosa, que foi identificada pela primeira vez no Estado em março de 2022. Não há um predador existente no ambiente do Ceará para ele e, por isso, o animal exótico consegue ingerir vários peixes nativos e se reproduzir de forma livre por todo o litoral, ameaçando a biodiversidade e a dinâmica marinha.

Nesse contexto, a ideia do "Equilíbrio dos Mares" é atuar no combate ao peixe-leão por meio de ações de conscientização ambiental, mergulhos para recolhimentos da espécies, mas também o incentivo do consumo gastronômico. Para isso, a ideia é capacitar líderes comunitários, pescadores e guias turísticos para as atividades de divulgação e de combate ao peixe-leão.

Em julho deste ano, cientistas do Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará (UFC) concluíram o artigo intitulado "Peixe-leão no prato: Medidas de controle da espécie invasora resultam em riscos para a saúde humana", que aguarda publicação em uma revista internacional. O estudo aponta a presença de contaminantes inorgânicos no peixe-leão, capazes de provocar efeitos imediatos ou de longo prazo na saúde humana.