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Acampamento desmontado

Manifestantes protestavam contra ações militares na Palestina | Foto: Reprodução

Centenas de policiais entraram na Ucla (Universidade da Califórnia em Los Angeles) na madrugada desta quinta-feira (2) para desmontar o acampamento pró-Palestina atacado na véspera por apoiadores de Israel. Mais de 130 pessoas foram presas.

A operação é mais um capítulo dos protestos contra a guerra na Faixa de Gaza que tomaram campus de costa a costa nos Estados Unidos nas últimas semanas.

As manifestações levantaram debates sobre liberdade de expressão, antissemitismo e censura, além de terem resultado em confrontos entre estudantes e forças de segurança, em alguns casos.

Após a ação, o presidente americano, Joe Biden, afirmou que tanto a liberdade de expressão como a lei deveriam ser respeitadas nas manifestações.

"Não somos uma nação autoritária na qual silenciamos as pessoas e esmagamos vozes dissidentes. Mas também não somos um país sem lei. Somos uma sociedade civil e a ordem precisa prevalecer", disse o democrata.

Policiais vestindo capacetes e carregando escudos e cassetetes começaram a se dirigir ao local na tarde de quarta-feira (1º), segundo a agência de notícias Reuters. A estação de televisão local KABC-TV estimou que entre 300 e 500 pessoas estavam acampadas, enquanto cerca de 2.000 permaneciam do lado de fora das barricadas em apoio ao protesto.

Os agentes, liderados por um grupo de policiais da Patrulha Rodoviária da Califórnia, esperaram por horas antes de finalmente entrar no acampamento.

Eles pediram aos manifestantes em anúncios por um alto-falante para desocupar a praça do tamanho de um campo de futebol entre o auditório Royce Hall e uma biblioteca.