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Edimar Miguel denuncia grupo do SindMetal

Edimar afirma que assembleia era para votar sua permanência ou não no sindicato | Foto: Ana Luiza Rossi/CSF

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Edimar Miguel, afirmou nesta quinta-feira, dia 23, que descobriu que um grupo de diretores da própria entidade - batizado de "G5" - contratou um escritório externo de advocacia e estava cobrando 15% de honorários sobre os acordos da categoria. Detalhe: o sindicato tem departamento jurídico.

Segundo Edimar, os próprios funcionários da Racing estiveram no sindicato e fizeram a denúncia. "Nós descobrimos que seria descontado 15% do valor total de 24 milhões de reais", disse Edmar. E completou: "Nós temos 10 advogados à disposição do sindicato, que estão a serviço dos trabalhadores, todas as homologações são realizadas de forma gratuita. Não é cobrado nada em honorários, e fica mais uma vez a suspeita de desvio de recursos, porque, quem seria beneficiado com esse tipo de ação".

Possibilidade de outros casos

Para Edimar, é possível que esse procedimento possa ter sido feito em outros acordos que o grupo conduziu no período em que ele ficou afastado. "Mesmo tendo um corpo jurídico qualificado no sindicato, há indicativos que o G5 opera esse tipo de desvio de conduta nos demais acordos com outras empresas, e que só nesse caso específico, geraria um recurso de 3 milhões de reais, um volume muito alto de dinheiro, usurpado por esse esquema imoral, em detrimento dos interesses dos trabalhadores representados".

O presidente do Sindmetal afirmou que, além de impedir essa cobrança dos 437 funcionários da Racing Group, irá agora verificar os demais acordos.

"O primeiro golpe foi no presidente, o segundo nos trabalhadores. Nós vamos fazer a revisão de todos os acordos homologados por esse grupo de diretores com as empresas da nossa base, e onde esse tipo de conduta desonesta foi realizado, nós faremos a reversão em benefício dos trabalhadores que nós representamos", disse o sindicalista. Ele afirma ainda que não irá medir esforços para defender os trabalhadores. "O Sindicato tem de estar sempre a serviço dos metalúrgicos, é para isso que fomos eleitos. Nós temos lado, o lado do operário, do trabalhador, da família metalúrgica, dos homens e mulheres de aço", afirma. O jornal está aberto a divulgar a posição do "G5".