Por:

População desocupada vai a 8,6 milhões

O aumento de 6,7% do contingente de pessoas em busca de trabalho (população desocupada, agora de 8,6 milhões de pessoas) - que corresponde a mais 542 mil pessoas nessa condição - foi o fator determinante para a alta de 0,5 ponto percentual (p.p.) da taxa de desocupação no primeiro trimestre deste ano (1T24), ante o trimestre anterior (4T23), ou 7,9% da população economicamente ativa. Esse percentual, no entanto, é inferior aos 8,6% apurados no mesmo trimestre móvel do ano passado (1T23).

Esses dados constam da Pnad Contínua do IBGE, ao apontar a redução de 0,8% da população ocupada no 1T24, ante ao trimestre anterior, que determinou a alta do desemprego.

Para a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, o crescimento do número de desempregados no 1T24 pode ser "considerado um movimento sazonal, ligado à dispensa de trabalhadores temporários tanto no serviço público quanto no privado", ao acrescentar que "esse movimento ocorre em todo primeiro trimestre, sem indicar mudança negativa na trajetória do mercado de trabalho no ano".

"Parte importante dessa perda de ocupação veio da administração pública, como os de Saúde e Educação, este no ensino fundamental, onde há contratos temporários, de trabalhadores do setor público sem carteira. Na virada do ano, eles são dispensados e, à medida que se retorna ao ano letivo, há tendência de recontratação desse contingente".

O segmento de empregados com carteira assinada no setor privado (que exclui trabalhadores domésticos), se manteve estável em 37,984 milhões.