A transparência na gestão pública é um pilar fundamental para a construção de uma sociedade justa e participativa. No entanto, não raras vezes nos deparamos com a dificuldade do poder público em fazer a efetiva prestação de contas de recursos gastos e serviços executados em uma gestão.
A ausência de clareza e acessibilidade nas informações financeiras e orçamentárias cria um ambiente propício para o surgimento de práticas questionáveis e, por vezes, corruptas. Um dos maiores desafios que enfrentamos é a complexidade dos relatórios e documentos que são apresentados pelos órgãos públicos. Muitas vezes, são elaboradas de maneira a dificultar o entendimento do cidadão comum, quando deveria ser o contrário.
Isso, sem contar a falta de padronização nos portais de informação. Alguns que têm legislações específicas regendo os campos que devem ser incluídos não são respeitados, a exemplo da Lei de Acesso à Informação nº 12.527/11. Neste, gestão Executiva e Legislativa falham no esclarecimento de informações públicas.
A tecnologia, que poderia ser uma aliada neste processo, ainda é vista com resistência pelos gestores. Ou quando é usada parece burocratizar ainda mais o processo. A falta de transparência não é apenas um problema técnico, se assim podemos classificar, mas um desafio ético para o poder público.
"O acesso à informação deve ser a prioridade e não a exceção". Cabe a nós cidadãos comuns, cobrar das prefeituras, câmaras municipais e demais órgãos que façam dessa máxima a realidade.